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JORNAL ARTIS Nº 3 – PÁGINA 08


Aves raras

Tempos atuais. Tempos tecnológicos. As informações, atualizações, upgrades, desenvolvimento científico... tudo corre muito rápido. Humanos há milênios atrás, humanos hoje. Somos os mesmos e nossa adaptação à velocidade frenética das mudanças nos tempos tecnológicos é árdua.
Quem tem tempo, hoje em dia, para o lazer de qualidade? Para aprender uma nova língua, linguagem, esporte, por prazer e não por necessidade de currículo? Quem tem tempo para ler? Ainda mais: ler poesia?
Sou adepto da “teoria” de que o mundo é poesia. O poeta, apenas um observador, que traduz essa beleza em estética. Há poesia em uma flor (e também no espinho), há poesia na lua (e também no sol), há poesia em uma caneta, em um campo, em prédios, em nós mesmos: há poesia em tudo. Leitores são aqueles que são capazes de receber e entender essa mundividência, capazes de promover uma cosmovisão de si próprios nesses elementos, que acompanham a existência humana.
Quem lê poesia nos dias atuais? Aves raras: quem tem poesia em seu íntimo, dialogando com a poesia que há nas coisas. Aqueles que possuem alma estética e sabem olhar para a plurisignificação, que permeou e permeará o mundo humano, desde os tempos mais remotos, até os tempos vindouros.



Esse é o terceiro livro da escritora, contadora de histórias e artista plástica Valquíria Ayres Garcia conta uma história de amor e aventura entre dois pterodactylus. Ilustrado por André Saut e Ricardo Fujwara, este é o primeiro livro de uma trilogia que inicia com um encontro romântico, passa por malabarismos, amor em família e as aventuras dos filhos.

Publicação da Editora da Unisc (EDUNISC)

Quem quiser entrar em contato com Valquíria para adquirir seu livro e conhecer mais do seu trabalho pode enviar um e-mail para: walayres@yahoo.com.br



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Quando o sol se põe
as teorias fogem
e nascem as almas.
A noite nunca vem `as claras.
Só há indícios de forma,
resquícios de antiluz.

Quando o sol se põe
todos os ratos são bardos.
Os beatos bebem
e as virgens suam muito.

Toda falha é humana
quando o sol se põe.
Os animais se comparam,
os anjos procriam,
e os verbos habitam seu duplo sentido.

Me escondo nas ruas
e sinto muita sede.
Sofro a paz dos outros
e decido: ainda vivo
quando nasce o sol.
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CULTURAS JUVENIS DINAMIZANDO A ESCOLA

Márcia H. Koboldt e Rui Antônio de Souza (org.)
Porto Alegre – EDIPUCRS
Capa e ilustrações: a.g.a. Produções Culturais

Este livro é mais um lançamento do jornal Mundo Jovem, que traz para o centro do debate a rica diversidade cultural presente nos jovens das escolas brasileiras: os que curtem funk, rap, graffiti, cultura anime, rock, religião, que gostam de se encontrar nos parques, nos bares, nas ruas, nos quartos, enfim, múltiplas. juventudes. Como podemos nos apropriar das culturas juvenis em nosso planejamento diário como professores? Como revelar as identidades juvenis nas diferentes práticas do currículo escolar? As aulas podem servir de canal para que as histórias de vida e as identidades dos jovens ganhem lugar na cena escolar? Com a colaboração de diversos autores, esperamos contribuir com a inquietude de tantos que buscam uma escola adequada aos nossos tempos.

Uma vantagem desse lançamento é o preço, R$ 12,00 (incluindo as despesas postais). Ele pode ser adquirido entrando no site: http://www.jornalmundojovem.com.br/.
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