

Gilmar já foi estilista de moda, trabalhou com carnaval, organizou grandes eventos (como as aberturas das Olimpíadas Estaduais do SESI), é artista plástico (integra o Grupo Contra-Senso), ator e diretor de teatro, músico (tocou muito na noite santa-cruzense) e um dos novos integrantes do Tholl. Todas essas experiências com a arte lhe concedem uma visão privilegiada sobre o assunto, como poucos artistas conseguem ter ao participarem de apenas um dos campos das artes.
Segundo Gilmar, vontade e técnica são o que fazem um artista de verdade, “A arte é uma técnica, não adianta ter muita vontade de se expressar se você não tiver o domínio”. Quando perguntado sobre o que é a arte para ele a resposta é direta: “Arte pra mim é impulso, como comer e beber. Você nasce artista, vai morrer artista, o resto é apenas passageiro” define ele ao contar que desde a pré-escola desenhava sem parar.

E viver da arte no interior do estado? Segundo o artista, da arte se sobrevive e trabalhar com escola ensinando arte é bem interessante e uma forma de sobreviver dela. “A gente sempre diz que as prefeituras não investem na arte, porque a verdade é que tu aprendes na escola que arte não é interessante. Só se trabalha a arte como apoio, não se aprende a arte propriamente dita, a arte por si própria. Usa-se ele para trabalhar o dia do gaúcho ou o dia da árvore, por exemplo. A verdade é que a arte serve como suporte para um outro conteúdo. E assim tu não pegas o gosto pela arte, na pré-escola tu paras de pintar, porque é feio pintar; então depois de muito tempo tu resolves pintar, só que tu já perdeu uma vida inteira que poderia estar pintando e passando todos aqueles processos que existem dentro da arte. Dessa forma a arte transforma-se em um mito para as pessoas.
Para Gilmar a essência da arte é a técnica, o ato de aprender e com isso exercitar todo o complexo processo da criatividade humana e descobrir seus próprios potenciais e possibilidades, basta dedicação e paixão, “O artista não pode ter medo, ele precisa fazer!”


Está em fase final de gravação A Idade da Pedra é o segundo curta-metragem do diretor venâncio-airense Sérgio Rosa (o primeiro foi 360°). Uma produção independente, feita toda na cidade de Venâncio Aires e que tem como personagem principal o crack. Uma ficção baseada na realidade da droga em nossa região, mostrando que a droga não está apenas em telejornais das capitais e, como dia a chamada do filme, está muito mais perto do que imaginamos.
O enredo envolve todas as pontas do tráfico, passando por uma quadrilha formada por empresários, policiais e pessoas do alto escalão da política e chega até as famílias que sentem na pele o problema, “Famílias desestruturadas, com ausência de valores, onde o crack é usado como fuga. E famílias estruturadas, onde o crack leva a destruição”, comenta Sérgio.
A sacada legal do filme é que ele se desenrola em tempo real, o que, garante o diretor, nos proporcionará momentos de muita ação e adrenalina. A trilha sonora fica por conta de bandas e músicos de Venâncio e o elenco é formado por atores da região e Porto Alegre.
O lançamento de “A Idade da Pedra” está previsto para 2010.
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